Você tem um filho que vive espirrando, com o nariz entupido, tossindo, olhos vermelhos e
lacrimejando ou com crises de asma que parecem não ter fim? Ele já foi diagnosticado com rinite, asma ou conjuntivite alérgica e, mesmo com os remédios e cuidados, os sintomas continuam incomodando? Talvez a imunoterapia possa ser uma opção.
Também conhecida como “vacina de alergia”, a imunoterapia é um tratamento que ajuda o
corpo da criança a se acostumar com aquilo que causa a alergia — como ácaros, fungos,
pólens e até venenos de insetos. A ideia é ensinar o sistema imunológico a não reagir de forma exagerada a essas substâncias, ensinando o sistema imune e tolerar melhor esses alergenos.
Como funciona?
Depois de uma avaliação detalhada com o alergista e exames para avaliar sensibilização
(principalmente o prick teste no caso da imunoterapia), o tratamento é feito com doses bem pequenas do alérgeno identificado (a substância que causa a alergia), aplicadas de forma controlada — geralmente por injeções ou gotinhas colocadas embaixo da língua. Aos poucos, o corpo vai se acostumando e os sintomas vão melhorando. Lembrando que sempre o que vem de alterado no exame (prick teste) deve ser correlacionado com a clínica do paciente e sua percepção do que mais piora seus sintomas.
Existe risco com o tratamento?
Existem sim efeitos adversos que podem ocorrer durante o uso, mais frequentes na
modalidade injetável do que na sublingual, mas no geral esses sintomas indesejáveis
costumam ser medicados com melhora e só raramente impedem a continuidade do tratamento.
Converse com seu médico especialista para que todos os prós e contras sejam bem
explanados antes do início do tratamento.
E quais são os possíveis benefícios?
● Diminuição dos espirros, da tosse e da coceira no nariz e nos olhos;
● Menos crises de asma;
● Redução da necessidade de remédios no dia a dia;
● Melhora da qualidade de vida — mais noites bem dormidas, mais energia para brincar,
estudar e aproveitar a infância!
O tratamento é indicado principalmente para crianças maiores (em geral, a partir dos 5 anos), que tenham alergias persistentes, mas casos pontuais podem iniciar antes disso, a conduta é sempre individualizada caso a caso.
A imunoterapia precisa ser indicada e acompanhada por um médico alergista. Mas quando bem indicada, pode ser uma virada de chave no controle das alergias.
Se você se identificou com essa situação, converse com um especialista. Pode ser o começo de uma fase mais leve e saudável para o seu filho!